A halitose é um problema mais social do que de saúde, pois causa constrangimento e isolamento, diminuindo assim a qualidade de vida.  Caracteriza-se pela presença de odores desagradáveis emanados da boca e cavidade nasal.

Cerca de 90% das halitoses está relacionada à boca. As causas bucais mais comuns são língua saburrosa (crosta esbranquiçada sobre a língua), cárie, gengivite e periodontite (doenças gengivais), xerostomia (redução do fluxo salivar) e higiene bucal deficiente. Portanto, sua abordagem clínica deve ser prioritariamente realizada pelo profissional da Odontologia.

Tratadas as causas orais e persistindo a halitose, o paciente deve ser encaminhado para outros profissionais a fim de investigar se a halitose é causada por infecções do trato respiratório (amigdalite, sinusite, faringite e laringite) ou por problemas gastrointestinais, como refluxo gástrico.

Existem outras doenças sistêmicas que podem ocasionar halitose como: diabetes, doenças renais e hepáticas, doenças pulmonares, intolerância à lactose, etc.

É importante isolar a halitose verdadeira, aquela que tem causas realmente orgânicas, da halitose circunstancial causada por fatores externos, como fumo, consumo de bebidas alcoólicas, de determinados alimentos ou medicamentos, tempo prolongado sem ingerir líquidos e /ou alimentos (halitose da fome e halitose matinal).

Algumas boas dicas para melhorar o mau hálito são escovar os dentes e a língua uma média de três vezes ao dia, usar fio dental ao menos uma vez ao dia, tomar água com frequência, evitar alimentos que provoquem maus odores na boca, além disso,  evitar jejuns prolongados. Entretanto, para curá-lo, é necessário visitar o dentista, que é o profissional capacitado para identificar a origem e tratar suas causas.

Andréa Coimbra Renner

Especialista em Periodontia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS | Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA